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Yamandu Costa celebra pré-estreia de filme com argentino Lúcio Yanel no cinema: ‘Muito sensível, um documento’

‘Dois Tempos’ está em exibição em Porto Alegre, RS, mas deve avançar para mais salas no Brasil e na Argentina.

Para além da rivalidade futebolística, o filme “Dois Tempos”, do diretor Pablo Francischelli, que tem como protagonistas o músico brasileiro Yamandu Costa, de 42 anos, e o músico argentino Lúcio Yanel, 76, mostra ao público a ligação entre Brasil e Argentina por meio do violão de sete cordas.

Gravado em 2019 e em cartaz, por enquanto, apenas nos cinemas de Porto Alegre (RS) e em plataformas de streamings, o documentário teve pré-estreia no último dia 25, agradou o violonista brasileiro e deve avançar para mais salas brasileiras e argentinas.

“A gente quer fazer uma distribuição legal na Argentina, porque é um filme ‘doble chapa’. Fala do Brasil, mas fala de uma travessia do Brasil até a Argentina de ônibus. Tem essa coisa das duas culturas muito claras. E a gente quer fazer com que ele chegue ao máximo possível de lugares. É um filme artístico, não é blockbuster, não é um filme comercial. Pela característica do filme ele tem uma vida digna, mas própria (…) Ele está em cartaz em Porto Alegre e agora que a gente vai começar a empurrar essa distribuição”, disse.

Em Ribeirão Preto (SP), onde se apresenta às 20h desta quinta-feira (2) no Theatro Pedro II (veja mais abaixo), o artista relembrou ao g1 momentos das gravações do filme, feitas durante uma viagem entre ele e Yanel, sua inspiração na carreira de músico, entre Estrela (RS) e Corrientes, na Argentina, para tocarem juntos em um festival de Chamamé, ritmo característico do nordeste do país vizinho.

“O filme trata de tentar deixar claro a nossa convivência e o nosso carinho de tantos anos. Nossas vidas são entrelaçadas, a minha e a do Lúcio. Quando ele chegou no Brasil, a primeira casa, primeira família que ele aportou foi na minha, em Passo Fundo (RS), por uma ironia do destino. O filme trata um pouco disso, como a vida é a arte do encontro, como dizia Vinícius de Moraes. É um filme muito sensível, um documento”.

A música na pandemia

Com uma carreira de mais de duas décadas, Yamandu Costa comemora, em 2022, 21 anos do lançamento álbum homônimo ao filme e que também tem a participação de Yanel.

De lá para cá, foram dezenas de novas composições e discos. No entanto, segundo ele, foi durante o período mais intenso da pandemia de Covid-19 que a música revelou-se ainda mais importante na vida dele.

Morando em Lisboa desde dezembro de 2019 por questões profissionais, em 2020 lançou “Festejo”, gravado com o mineiro Marcelo Jiran e com músicas que misturam levadas caribenhas e harmonias brasileiras. O álbum foi indicado ao Grammy Latino.

Em 2021 nasceu “Caminantes”, com o guitarrista português Luís Guerreiro e o bandoneonista argentino Martín Sued, com 12 músicas. No mesmo ano, venceu o Grammy Latino de melhor álbum instrumental com “Bachianinha”, disco gravado ao lado de Toquinho.

“Na pandemia tirei inspirações para compor coisas que tivessem sentido. A música nunca teve tanta importância na minha vida como nesse momento. A música serviu como terapia, como segurança emocional e a gente se colocou para trabalhar, para fazer, para compor um novo repertório tentando manter a positividade diante de um momento tão incerto”, comentou.

Memórias de Ribeirão Preto

A apresentação solo e intimista de Yamandu Costa em Ribeirão Preto nesta quinta tem, para ele, um sabor especial. É que momentos importantes da carreira dele como músico aconteceram na cidade.

Toda vez que volta aos palcos do Theatro Pedro II ele faz uma viagem ao passado, como a uma apresentação que fez em 1999, quando estava começando, ao lado de Almir Sater e Renato Borghetti. À época, Yamandu era considerado uma revelação da música instrumental brasileira.

“Foi o primeiro grande teatro que eu toquei com aquela pompa toda, aquela quantidade de gente. Toda aquela situação foi, para mim, uma noite inesquecível”.

Fonte: G1

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